
Esse livro é a revelação de que ainda que não sejamos a projeção perfeita que fazemos de nós mesmos, ainda temos como último recurso a opção de mudar, em qualquer idade e nas mais adversas situações, porém de maneira consciente.
Temos o hábito de colocar os sentimentos no automático e esse conceito era o mais difícil de assimilar no meu caso, porque nunca me dei conta do quanto estigmatizava algumas pessoas, gerando aversão e repulsa incondicional, invalidando todas as qualidades que pudessem apresentar e como esse comportamento contraproducente, parecia fazer todo o sentido pois nunca atentei para a sua verdadeira origem, e a origem poderia estar vinculada a um fato isolado, enterrado nos confins do meu falho julgamento interno.
Outro aspecto importante do livro, na minha opinião, é o enfoque da empatia (habilidade de colocar-se no lugar do outro), os benefícios de não julgar precipitadamente e como trabalhar essa característica nas crianças.
O que me agradou particularmente, foi o a abordagem científica da evolução do cérebro humano e seu funcionamento, os mecanismos que interferem na percepção da realidade e a proposta de uma nova metodologia escolar, afim de não perpetuar traços patológicos de personalidade.
É uma leitura interessante para pais e educadores, mas recomendo sobretudo aos que procuram o auto-conhecimento e o enriquecimento das relações pessoais.